sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O Educador Social e os doentes oncológicos

Este pequeno post tem dois objetivos muito concretos.

Em primeiro lugar partilhar a minha experiência pessoal numa sala de quimioterapia no Hospital S. Teotónio - Viseu. Em segundo lugar dar a minha opinião sobre o papel do educador social neste mesmo contexto.

Fui acompanhar um residente da estrutura residencial onde trabalho, que tem uma leucemia, a uma consulta no hospital anteriormente referido. Enquanto aguardávamos numa salinha pelo resultado das análises, iam chegando novos utentes para os tratamentos de quimioterapia.

Nem tenho a necessidade de me alongar na descrição do que aconteceu. O que posso e devo partilhar é que passei dos dias mais alegres até ao momento. Não me recordo de sorrir tanto na companhia de simples desconhecidos que passaram a ser referências para mim.

Naquele local poderia existir tristeza (existia naturalmente), mas as pessoas (com os eus problemas) apoiavam-se mutuamente, criando um ambiente divertido que, eventualmente, motivava todos eles.
Foi um dia de pura aprendizagem, onde encarei cada palavra e cada mensagem daquelas pessoas como verdadeiras oportunidades de reflexão e crescimento.
Simplesmente fantástico!

No caminho vim a refletir sobre o papel que um educador social poderia ter naquele mesmo espaço. É certo que, durante o tempo que lá estive, nunca deixei de ser educador social e, por isso mesmo, pensei que poderemos contribuir imenso para a melhoria da qualidade de vida daquelas pessoas.

Em primeiro lugar uma questão de ocupação de tempos livres. As pessoas passam imenso tempo no mesmo espaço. É certo que se vão conhecendo, dia após dia. No entanto, com o apoio de um educador social, técnico especializado na socialização dos indivíduos, poderia promover-se a integração de novos doentes no seio do grupo.

Depois um papel importante ao nível da promoção da qualidade de vida e dos tempos livres das pessoas que enfrentam este desafio: o cancro. É possível criar dinâmicas interessantes, atividades culturais e recreativas. No fundo promover o aumento de experiências entre os mesmos.

Enfim, poderia dar aqui mais exemplos. Mas, para terminar, vou apenas referir o excelente trabalho por parte das voluntárias que prestam um serviço maravilhoso naquele espaço e, igualmente, enaltecer projetos que visam precisamente melhorar a qualidade de vida das pessoas nos hospitais: Operação Nariz Vermelho e Palhaços D’Opital =)


Bem-haja a todos aqueles que me proporcionaram verdadeiros momentos de alegria e conhecimento!

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