sábado, 8 de dezembro de 2012

Experiência Voluntária Formativa | Procura Ativa de Trabalho na Junta de Freguesia de Coração de Jesus | Viseu


 
No passado dia 28 de Novembro, tive a oportunidade de dinamizar um pequeno Workshop, subordinado ao tema da Procura Ativa de Trabalho, na Junta de Freguesia de Coração de Jesus (freguesia urbana do concelho de Viseu). Esta iniciativa teve como promotoras as Estagiárias do curso de Licenciatura em Educação Social da Escola Superior de Educação de Viseu que desenvolvem um trabalho muito criativo e dinâmico.

O objetivo deste artigo é apenas partilhar a experiência que considero ser muito enriquecedora e de consciencialização da realidade de trabalhadores não qualificados, que vivem o desafio permanente da procura de um trabalho.

Ao questionar as áreas de interesse, os participantes manifestaram a sua vontade em trabalhar em qualquer uma delas, salvaguardando as suas experiências anteriores que se podem traduzir em mais-valias para as empresas.

Foi interessante sob o ponto de vista pessoal estar junto a estas pessoas. Realizou-me o facto de puder estar a ouvir as suas necessidades, as suas expetativas (ou ausências delas), mas essencialmente a esperança que as pessoas têm. Não porque pensam que um dia a situação do país irá mudar, mas sim porque acreditam no seu potencial, nas suas competências que pretendem (e encontram-se) atualizar, através de cursos de formação.

Como Educador Social senti que este trabalho de reciclagem de competências, de capacitação das pessoas, do aperfeiçoamento e aquisição de novos saberes, de motivação é fundamental para quem se encontra neste tipo de situação.

Quem melhor que o/a Educador/a Social para capacitar este tipo de pessoas?

Somos ou não somos os técnicos da relação?

Somos ou não somos os técnicos de terreno?

Exploramos ou não o conceito de empowerment?

Considero que os trabalhos de Estágio devem intervir neste tipo de questões. Não se deve abordar a questão pelo brilhantismo e pelo excesso de burocracias que impedem as pessoas de ser e de se empenharem em causas muito nobres.

Uma reflexão que deixo é que a formação vale sempre a pena. Existem conceitos que dominamos na perfeição e que pensamos ser transversais a todas as pessoas. No entanto, mexer num computador, refletir acerca da nossa atitude relativamente à procura ativa de trabalho, cuidar da nossa imagem, vender o nosso produto, entre outras competências são desconhecidas da maior parte das pessoas com quem tive a oportunidade de trabalhar naquelas duas horas. Em contrapartida, eles possuem um saber-fazer inquestionável, isto é, uma experiência acumulada ao longo de vários anos de trabalho. Importa não esquecerem que o Mundo é dinâmico e os desafios são constantes. Hoje não somos cidadãos da nossa freguesia, mas sim do Mundo inteiro. Muitas vezes teremos de fazer um esforço para nos integrarmos em certas práticas. Foi referido por um dos participantes que nunca iria aderir ao facebook, mas o que é certo é que, quer gostemos ou não, teremos de marcar presença e zelar pela nossa imagem virtual.

Deixo, por fim, um apelo. Existem imensas tarefas que podemos desempenhar na nossa sociedade em prol do seu desenvolvimento. Umas vezes de modo remunerado, outras de forma voluntária. Todavia, o importante é não parar. Não deixar de produzir atitude de ação-reflexão-ação ou não seriam(os) técnicos de investigação-ação, algo que nos diferencia de outros técnicos.

 

1 comentário:

  1. Nós, estagiárias de E.S da J.F.Coração de Jesus vimos por este meio agradecer a tua disponibilidade.
    Foi sem dúvida enriquecedor para todos os presentes e até para nós, que de certa forma, já ansiamos pelo nosso futuro.
    Obrigada colega!

    ResponderEliminar