Segundo
a revista científica Nature Neurosciense,
no cérebro,
há um conflito entre ter atitudes racistas e ser-se neutro. Este é o
título de uma notícia do jornal Público e que ao ler atentamente tive a
necessidade de partilhar as seguintes transcrições e opiniões:
“Há uma grande componente cultural que molda os estereótipos
e os preconceitos que os cidadãos têm sobre certos grupos étnicos. Nos Estados
Unidos, os indivíduos são expostos a associações negativas entre alguns grupos
étnicos e actos de agressão e intimidação. Esta exposição, ao longo do tempo,
infiltra-se nas associações que as pessoas fazem, mesmo que, a nível pessoal,
um indivíduo não acredite nesse estereótipo”.
Jennifer Kubota, do
Departamento de Psicologia da Universidade de Nova Iorque
(Autora do Artigo)
Devido
a este grande componente cultural que acaba por influenciar os estereótipos
penso que o Educador
Social deve trabalhar, juntamente com as pessoas e comunidades,
estas questões relacionadas com o racismo (e não só). Tendo em conta que existe
uma relação entre o funcionamento do nosso cérebro e os preconceitos e que são
processos apreendidos é fundamental que se criem medidas para que desde cedo, nas
escolas, existam programas que abordem estas problemáticas. O objetivo seria “moldar”
o nosso cérebro através da Educação Social.
Esta minha sugestão surge com base na seguinte afirmação:
“(“O nosso cérebro gosta de fabricar
preconceitos”), ou seja, tomamos as características humanas que não são
maioritárias como algo negativo. “É preciso educação e esforço”, acrescenta,
para lutar contra os estereótipos”.
Steven Sherman, psicólogo social da Universidade do Indiana
Assim, com base na afirmação deste Psicólogo Social reafirmo
a importância do papel do Educador Social na Educação e no Esforço. A Educação
não formal e informal é o contexto de intervenção deste Profissional e o
Esforço deve ser conseguido num conceito de empowerment, isto é, num empoderamento do individuo para que ele
próprio, autonomamente, altere os seus comportamentos e os ajustes à sociedade.
Para tal é fundamental alterar toda uma cultura (mentalidades) e este trabalho
é apenas conseguido com base num trabalho interdisciplinar e onde todo o
sistema seja preparado para isto, quer a nível legal, quer a nível da nossa
postura perante o outro.
Apenas para terminar
deixo algumas conclusões:
- · Deve existir uma relação de muita proximidade entre o Educador Social e a ciência, i.e., o conhecimento;
- · O Educador Social deve ser, de forma autónoma, um pesquisador nato de conhecimento;
- · Deve existir mais investigação na área social para que possamos saber o porquê das situações se gerarem para assim podermos redefinir as nossas metodologias de intervenção;
- · Refletir sobre a imensidão das nossas áreas de intervenção, definindo tarefas concretas do que o Educador Social pode fazer para aumentar a credibilidade do seu (nosso) trabalho;
- · Ter em conta que tudo é Educação Social, desde que devidamente associado e claramente justificado.
Á medida que pesquiso e que me deparo com diversa
informação e problemáticas, concluo que o trabalho do Educador Social é (pode
ser) fantástico. Contudo, para isso, é pertinente que todos nós tomemos parte
ativa no reconhecimento e validação desta profissão tão (e cada vez mais) necessária
na nossa sociedade.
Link da notícia |
(retribui este trabalho com um clic numa publicidade)
Fonte |
Jornal Público
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